O maior antídoto contra a vergonha: “eu me basto”

Você, sozinho(a), é o suficiente. Você não precisa provar nada a ninguém.

“Você, sozinho(a), é o suficiente. Você não precisa provar nada a ninguém.” ~ Maya Angelou.

Christy Bonner cresceu com um pai viciado.

Quando tinha 14 anos, ele atingiu o fundo do poço, perdeu um bom emprego, foi para a reabilitação de alcoólatras e viciados em sexo, seus pais se separaram e ela descobriu que ele traía sua mãe.

Aos 14 anos, ela não sabia exatamente o que significava a palavra “vergonha”, mas a sentia profundamente por meio das atitudes do seu pai.

Na sua jovem cabecinha, a desestruturação da família, a depressão da sua mãe e a dependência financeira que eles experienciaram, definiam o que ela era; e, obviamente, não parecia nada bom ou digno.

Para provar que era boa o suficiente, ela arrumou um emprego, empenhou-se na escola e envolveu-se com as atividades da igreja que frequentava.

Agora, aos 39 anos, ela ainda reconhece essa tendência de provar seu valor aos outros.

No entanto, há mais clareza para perceber que não é essa tendência nos transforma verdadeiramente. Nós não somos o que mostramos para o outro.

A vergonha a encorajou a manter uma casa perfeita, sempre usar maquiagem e construir um currículo perfeito.

Obviamente, não é ruim manter uma casa limpa, ter uma boa aparência física ou obter diplomas de pós-graduação.

O que é ruim é acreditar que é preciso trabalhar insanamente até a morte para validar sua dignidade.

Antídoto para vergonha

A vergonha é a voz em nossas cabeças que questiona nosso próprio valor.

Por isso, é incrivelmente importante deixar a necessidade de perfeição para iniciar um processo de “cura da vergonha”.

Se você não tiver de ser perfeita(o), pode ser honesta(o) e vulnerável com seus amigos sobre as lutas que enfrenta na vida.

Compartilhar os aspectos dolorosos de nossa história com os amigos, por exemplo, muitas vezes nos faz ver que a perfeição – no casamento, na profissão, na paternidade ou maternidade – é uma mera ilusão.

Isso nos lembra de que estamos todos juntos nesta jornada de sermos humanos.

Outra ferramenta importante na busca de se libertar da vergonha é encontrar pessoas que te oferecem empatia e aceitação.

A vergonha pode ser um sentimento que nos leva ao isolamento, nos fazendo sentir como se estivéssemos afundando em areia movediça.

No entanto, uma antitoxina para evitar vergonha é encontrar pessoas seguras que receberão nossas histórias e ajudarão a nos tirar da areia que nos suga para baixo.

Como encontramos essas pessoas?

Antídoto para vergonha

Basta prestar atenção no seu círculo de amigos, em seu local de trabalho, em sua família.

Sabe aquela pessoa que se lembra gentilmente que você perdeu alguém da família recentemente, que te pergunta, amorosamente, como você está lidando com o sofrimento da perda?

Sabe quando você realmente sente que essa pessoa se preocupa com você?

Este é alguém com quem você sente segurança para compartilhar seus segredos mais sombrios porque simplesmente confia nela.

Christy encontrou essas pessoas quando ainda era adolescente, na igreja que frequentava.

Esse relacionamento nos ajuda a entendermos que somos dignos do amor do outro e aceitarmos nossas imperfeições.

São pessoas que nos ajudam a celebrar quem somos e nos lembram de que nós nos bastamos, que somos o suficiente para nós mesmos e que não precisamos provar nada a ninguém!

Saber que somos o suficiente significa ver nossos dons.

Então, quais são os dons que temos para oferecer ao mundo?

Sabemos, no mais profundo da nossa alma, que somos suficientes?

No processo de cura da vergonha, é crucial internalizarmos esses questionamentos e enxergarmos o nosso valor.

Antídoto para vergonha

Voltemos à frase de Maya Angelou. Inspire profundamente, exale e depois repita para sua mente:

“Eu sou o suficiente.”

Inspire novamente, exale e continue:

“Não preciso provar meu valor a ninguém.”

Não interessa quanto tempo você tenha perdido tentando provar seu valor. Você é completa(o), linda(o) e digna(o) exatamente como você é.

Vamos desistir da tarefa extenuante de nos tornarmos “cirurgiões plásticos” que tentam encobrir nossos defeitos e, em vez disso, lembremos de que nossas cicatrizes são realmente sinais de força, vida, resiliência e beleza.

Em vez de mascarar e esconder a vergonha, sejamos “cirurgiões da alma”.

E o que “opera” um cirurgião da alma?

Ele opera a vergonha, nomeia nossas vulnerabilidades, nos cerca de pessoas confiáveis e gentis e nos assegura do nosso próprio valor.

Nós somos verdadeiramente suficientes.

Deixe esse conhecimento se instalar em sua mente, ossos, carne, coração e todas as partes do seu ser.

Essa reflexão faz sentido pra você? Comente!

Este artigo é uma tradução do Awebic do texto originalmente publicado em Tiny Buddha escrito por Christy Bonner.

Imagens: pexels.com e pixabay.com

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