As fotos pós-parto dessas mulheres mostram a beleza de ser mãe

Sem Photoshop. A beleza nua e crua.

A maternidade é, de longe, uma das experiências mais transformadoras na vida de uma mulher.

Mas não vamos romantizar: junto a todas as expectativas pela vida que se cria dentro de você e a mulher que nasce a cada etapa da gravidez, a nova mãe também tem de lidar com uma carga cruel de pressões sociais e estéticas.

Como se não bastasse a família tentando dizer como você pre-ci-sa cuidar da sua cria, a publicidade faz questão de fortalecer padrões inalcançáveis de beleza artificial, pintando as cidades com outdoors, comerciais e panfletos que impõem a perfeição como única forma de beleza possível.

ensaio fotografico pos-parto

Para dar um chega-pra-lá nessa enxurrada de inutilidades mercadológicas, a fotógrafa Liliana Taboas criou o projeto Divine Mothering, cujo objetivo é desmistificar a idealização de um corpo perfeito por meio de fotos incríveis de mães e seus corpos imperfeitamente lindos, pouco tempo depois do parto.

“(…) Esta mudança [proporcionada pela maternidade] nos faz questionar os padrões de beleza impostos à sociedade que tendem a minimizar ou apagar as mudanças que nossos corpos e corações passam durante a gravidez, parto e pós-parto. Eu queria ajudar a promover uma visão mais saudável e completa dos corpos das mulheres (…)”, desabafa Lili.

Ela acredita que as questões da imagem corporal feminina é um assunto que afeta todas as mulheres e, por isso, precisa ser debatida.

Desse modo, o ensaio pós-parto dessas diferentes mães que você vai conferir logo abaixo propõe a normalização de todos os tipos, formas, cores, texturas e tamanhos de corpos.

As fotos são acompanhadas de alguns depoimentos feitos em uma entrevista sensível e sincera conduzida por Lili.

Você pode acessar o perfil de cada uma das mães clicando em seu nome, ou acessando o site do projeto aqui.

Confira algumas das histórias dessas mulheres:

Anna

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“Foi um pouco difícil, levou três anos para engravidar … Nós estávamos trabalhando com o OBGYN [clínica especializada em gravidez]. No começo, trabalhamos com meus níveis hormonais, então eles me disseram que eu tinha de perder peso. (…) Então eu decidi fazer uma cirurgia de desvio gástrico [bariátrica], que deixou cicatrizes. ”

Teresa

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“É minha razão de ser. Meu marido me diz o tempo todo que eu nasci para ser mãe.”

Heather

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“Eu estava muito hesitante sobre a amamentação. Não queria amamentar. Meu marido é enfermeiro e me convenceu que eu tinha que pelo menos tentar… Fiquei surpresa em como isso aconteceu naturalmente. É, provavelmente, a coisa mais natural que já fiz. ”

Annie

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“Às vezes é difícil lembrar… que o que estamos fazendo é incrível. Eu quero me lembrar, mas é tão fácil esquecer.”

  • Nota: Essa fala de Annie dialoga com o comportamento patriarcalista que minimiza a importância do trabalho da mulher, bem como da maternidade.

Gabrielle

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“A maternidade tem sido o maior sacrifício que eu já fiz na minha vida. Desistir da minha carreira militar para ser “apenas” uma mãe foi uma viagem muito difícil de reconhecer. Renunciei a tudo na minha vida para dar foco único aos meus filhos. Nunca foi uma empreitada que planejei. Não era esse o meu caminho de vida previamente planejado. Mas mesmo que minha vida tenha tomado um curso que eu nunca imaginei, agora tenho total aceitação sobre meu papel como mãe, esposa e com meu corpo pós-parto. Meu corpo agora tem curvas frutos de um propósito!”

Michelle

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“Com a minha primeira eu não estava muito confiante, eu não tinha ajuda. Com a segunda filha, eu tive muito apoio e encorajamento à amamentação.”

Leah

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“É difícil, as pessoas dizem que é difícil, mas você não percebe como esses momentos difíceis são difíceis, acho que a parte mais difícil para mim tem sido enfrentar todas as mudanças: na minha vida, no meu casamento e no meu corpo. Foi difícil para mim, mas foi o motivo pelo qual eu queria fazer isso. Você tem de amar seu corpo e eu me sinto hipócrita quando digo como os corpos pós-parto são tão mágicos e que fizeram algo incrível, enquanto olho para o meu próprio corpo e… o odeio! Mas digo a mim mesma: ‘você não pode amar os corpos de todas as outras e odiar o seu próprio. Isso é loucura!‘ Nós somos tão autocríticas.”

Antje

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“Eu tive meus dois primeiros filhos com meu ex-marido, e então me casei novamente e nós queríamos ter filhos em comum. Eu pensei: ‘por que não só mais um?‘. (…) As minhas duas primeiras gestações foram fáceis, eu não tive problemas e perdi o peso da gravidez muito rápido, mas nas minhas últimas duas gravidezes tive diabetes. (…)”

Além de fotógrafa, Lili também é blogger, autora do livro infantil “I Will Always Be Your Mother” (“Eu sempre serei sua mãe”), yogui e ilustradora.

Você pode conferir mais sobre sua história e seus projetos em lilianabeatriz.com. O Divine Mothering também está no Facebook.

Muitos desses depoimentos fazem meu coração vibrar de alegria, enquanto outros me deixam com um nó na garganta. Isso é porque eu me identifico com a magia e a dor de todas essas mulheres, mesmo não sendo mãe.

Se você consegue sentir essas emoções doidas ou admira a luta de cada mãe em busca de amor próprio e autoaceitação, compartilhe este texto e ajude a empoderar e libertar outras mulheres dos padrões de beleza!

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Fonte: aplus.com.

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