Vítima de bullying por marca de nascença – hoje ela inspira outras pessoas

Conheça a história inspiradora desta brasileira.

Ela foi cruelmente apelidada de “macaco” por ter grandes marcas em várias partes do corpo.

A paulistana Beatriz Pugliese, 22 anos, nasceu com nevo melanocítico congênito (também chamado de nevo pigmentado) — um distúrbio geralmente não cancerígeno das células da pele produtoras de pigmento.

Beatriz Pugliese (1)

Sim, popularmente falando, Beatriz apenas tem grandes pintas.

Mas, infelizmente, isso não impediu pessoas maldosas de apelidarem e ofenderem Beatriz.

Beatriz Pugliese (2)

A condição de Beatriz é classificada como nevo melanocítico congênito gigante, pois afeta mais de 80% de sua pele.

O caso também é raro, afetando uma a cada 500.000 pessoas.

“Nós precisamos ver o que somos por dentro”

Beatriz Pugliese (3)

“Eu sempre digo que nós precisamos aprender a ser felizes com o que temos, em todo aspecto da vida, mas especialmente em nossas diferenças”, conta ao jornal Daily Mail.

Após sua última cirurgia em 2008, Beatriz decidiu não fazer mais procedimentos médicos para mudar sua pele.

Em vez disso, ela aceitou e abraçou sua aparência.

Beatriz Pugliese (5)

“Nós precisamos ver o que somos por dentro… Isso soa como um clichê, mas é verdade”, explica.

“Eu espero inspirar outras pessoas a gostarem de ser quem realmente são, para se sentirem confiantes na própria pele”.

“A natureza é fascinante”

Beatriz reconhece a beleza e a complexidade da mãe natureza. Hoje ela quer trabalhar com os animais.

Beatriz Pugliese (6)

Ela conta:

“A natureza me fascina, todos os seus detalhes são tão incríveis que eu poderia passar horas na floresta.

Eu amo todos os animais e enquanto eu estiver de alguma forma ligada à natureza, eu sei que vou ser feliz

“As minhas marcas de nascença nunca foram um problema para ele”

Beatriz Pugliese (4)

Beatriz é comprometida. A paulistana namora há 3 anos com Fellipe Koroboff, de 24 anos.

O casal se conheceu quando ambos estavam assistindo um jogo da Copa de 2014, aqui no Brasil.

“Ele ama minhas pintas e me faz sentir confiante”, conta.

Beatriz Pugliese (10)

Sobre o apoio da família, Beatriz agradece:

“Minha família sempre assegurou que eu não me sentisse diferente das outras crianças. Eu sempre tive liberdade para vestir as roupas que queria e nunca me encorajaram a esconder minha pele de outras pessoas”.

Mesmo assim, a infância não foi fácil.

Beatriz Pugliese (7)

Algumas crianças podem ser maldosas, todos nós sabemos disso.

Mesmo sendo muito bem amparada em casa, Beatriz foi alvo de muitas “brincadeiras” quando era criança.

Ela conta:

“Algumas crianças realmente diziam coisas horríveis, elas falavam que eu parecia com um macaco e me olhavam de um jeito estranho”.

“Alguns me chamavam de Dálmata por causa das minhas pintas, e todos riam de mim”.

Felizmente, nem todas crianças praticavam bullying:

“Eu tinha bons amigos na escola, eles nunca me deixaram pensar que existia algo de errado comigo”.

“Eu tentava não ligar, mas as vezes eu ficava triste”, confessa.

Hoje, Beatriz vê suas pintas de outra maneira.

“Se eu não tivesse essas manchas, eu tenho certeza que seria um pessoa completamente diferente”.

“As minhas marcas de nascença mostraram que a pele é só um órgão que protege o que realmente importa. Eu sou muito feliz com o jeito que sou”.

Um caso raro.

Quando Beatriz nasceu, as suas pintas eram tão grandes que os médicos não sabiam o que fazer para tratá-la.

Ela então foi encaminhada para o Hospital das Clínicas, onde passou por mais de 30 cirurgias para remover partes das suas pintas, sendo a primeira aos 6 meses de idade.

Beatriz Pugliese (8)

“Os médicos e meus pais concluíram que o melhor a se fazer era remover partes das minhas marcas, porque elas eram muito grandes e a exposição ao sol fica muito perigosa”, diz.

“Eles priorizaram áreas de maiores riscos de contato, como minhas pernas e braços. As cirurgias foram feitas com enxertos de pele removidos da minha panturrilha, porque é onde eu tenho mais pele clara”.

Beatriz Pugliese (9)

A recuperação pós-cirúrgica durava de 2 a 3 meses e Beatriz ficava o tempo todo na cama porque era doloroso demais andar.

Por conta das marcas em sua pele, ela aplica filtro solar diariamente — pois é mais propensa ao câncer de pele.

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